Sinceramente, fico um pouco insegura quando toco em
assuntos assim. Não que eu não tenha uma opinião formada, mas é que muitas
divergem da minha.
Mas vamos por partes. Em primeiro lugar,
quando falamos em cotas raciais já estamos assumindo que existem raças num país
que já nasceu sem identidade definida, em todos os aspectos. Somos resultado de
múltiplas culturas, e se tomarmos isso como base, logo perceberemos que aqui,
não existe uma raça pura. A verdade é que ABSOLUTAMENTE ninguém é só
negro, branco, ou índio neste país. Mas tudo bem, tratando-se de fenótipos,
digamos que realmente sejamos separados entre os negros, brancos, índios.
A pergunta que fica é, isto difere intelectualmente cada um dos indivíduos? Ou
a base está na educação que receberam? ... Ah ... entendo, então o problema
agora não está mais na cor da pele, mas sim na classe social. Chegamos ao
segundo ponto relevante. O filhinho de papai , riquinho , que recebeu uma
educação excelente , numa boa escola particular, e teve os melhores cursos
preparatórios, concorrerá hás mesmas vagas que o pobre ,negro , que sempre
pegou três ônibus para chegar a um colégio que mal tinha aula. Que sentou a
vida inteira em cadeiras quebradas. Isto é justo ?
Agora , o terceiro e ultimo ponto relevante da
questão. Todos os meses, nós, brasileiros, que temos como salário mínimo
de R$678,00 , temos que pagar
impostos ao governo. O BRASIL , que é a sexta maior economia mundial , é também
uma das piores educações do mundo. O que quero dizer é : Se houvesse uma
educação digna ( direito nosso) , a educação pública privilegiaria todas as
parcelas da sociedade. COTAS sociais, são sim uma saída justa, mas a curto
prazo. O tempo urge, e a educação no país está cada vez mais precária. O
que deve acontecer é a prevenção e não o remédio. Em suma: Sou totalmente
contra ás cotas raciais, a favor das sociais como uma medida emergencial, mas
afirmo que o problema tem que ser solucionado, e rápido. O problema é que no
Brasil, quase tudo é utopia.